Vamos embarcar em uma jornada no tempo para comparar o passado e o presente da nossa cidade, observando como ela evoluiu desde seus primeiros habitantes até o cenário atual.
Veremos como as transformações moldaram a cidade ao longo dos anos, destacando as mudanças significativas que fizeram dela o que é hoje.
A mostra conta com tecnologias assistivas em tradução em Língua Brasileira de Sinais para a comunidade surda e descrição de imagens para pessoas com deficiência visual e baixa visão.
A emancipação política de Cascavel ocorreu em 14 de novembro 1951, na qual se desmembrou de Foz do Iguaçu. A primeira sede da Prefeitura foi construída em 1951, tanto o executivo quanto o legislativo compartilhavam da mesma estrutura em madeira. Era localizada nas proximidades da Praça Getúlio Vargas, antigo patrimônio velho, na Avenida Brasil, entre as ruas Pio XII e Osvaldo Cruz.
A sede da Prefeitura, denominada Centro Administrativo José Silvério de Oliveira, foi inaugurada em 1992 e está localizada na Rua Paraná, Centro Cívico. Em frente a prefeitura há o marco histórico do cinquentenário, com cinco hastes e descritivos com painéis no centro do monumento, com os principais acontecimentos do município. Destaque para as bandeiras do Brasil, Paraná e Cascavel.
A região que hoje abriga o Terminal Rodoviário Dra. Helenise Pereira Tolentino, fazia parte da primeira pista de pouso, que iniciava na Avenida Brasil, nas proximidades da Praça do Migrante em sentido a prefeitura. Em 2 de janeiro de 1953, o primeiro Aeroporto de Cascavel foi inaugurado, denominado Coronel Adalberto Mendes da Silva, e em 11 de janeiro de 1953, a primeira linha aérea regular, com um Douglas DC-3, que transportava até 15 passageiros, iniciou as atividades.
Em junho de 2020, entrou em operação o novo terminal de passageiros, considerado um dos mais modernos e equipados do Brasil, de modo a receber da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), por três anos consecutivos (2022 a 2024), o prêmio “Aviação + Brasil”, na categoria “Melhor Aeroporto Regional do Brasil”. Em 2023, o aeroporto passou a ser reconhecido como “Aeroporto Regional do Oeste Coronel Adalberto Mendes da Silva, conforme o reconhecimento do Departamento de Controle Aéreo (DECEA), título esse que destaca a sua crescente importância na região.
A Primeira Rodoviária em madeira, com vaga para apenas um “ônibus jardineira” (como eram chamados os ônibus na época), foi inaugurada no início da década de 1950, e estava localizada na esquina da Avenida Brasil com a Rua Carlos Gomes. Funcionou até 1963, quando as outras sedes foram construídas conforme demanda da população. Na área central, ficou o registro na memória do cascavelense com a antiga “Rodoviária velha”, sendo a Rodotur ponto de referência da estação de passageiros, que funcionou de 1964 à 1987.
O Terminal Rodoviário de Cascavel, Dra. Helenise Pereira Tolentino, foi inaugurado em 4 de julho de 1987, e foi construído devido à necessidade de uma estrutura maior em razão do rápido crescimento populacional da cidade. O projeto foi feito pelo arquiteto cascavelense Nilson Gomes Vieira. Em 2024, o Terminal Rodoviário Intermunicipal passa por processo de reforma e modernização.
Nos anos de 1960, Cascavel testemunhou o surgimento do transporte coletivo, realizado por meio de transporte de passageiros por meio de Kombis. Com o crescimento da população surgiu a necessidade de ampliar o meio de transporte de passageiros. No início da década de 1970, os primeiros ônibus surgiram, divididos entre a Empresa de Transporte Coletivo Pioneira, e a Empresa de transporte coletivo Miotto.
Atualmente, o transporte urbano de Cascavel conta com uma das frotas mais modernas em tecnologia, além de possuir, em toda a frota de ônibus, ampla acessibilidade para pessoas com deficiência. Em 2024, Cascavel começa a operar a maior frota de ônibus elétricos do Sul do país, em que 15 ônibus, cerca de 12% da frota da cidade, foram eletrificados. A prefeitura também criou um eletroterminal exclusivo e dois pontos de recarga de oportunidade para abastecer os novos ônibus elétricos
O Parque Ecológico Paulo Gorski é uma área de conservação ambiental e lazer, e forma, com o Zoológico Municipal, a maior reserva ecológica urbana do sul do Brasil. Sua criação se deu em 1977, por meio do decreto que instituiu o parque como unidade de conservação, e tem como arquiteto Nilson Gomes Vieira.. A maior atração do parque, o Lago Municipal, é formado por uma lâmina d'água de 39 hectares, contornado por uma pista para caminhadas. No seu trajeto, o visitante se depara com espécies da fauna e da flora local. Sua construção ocorreu no início da década de 1980, e sua inauguração em 11 de novembro de 1984. Em 2019, o município, por meio da Secretaria de Meio de Ambiente, executou o projeto da ponte com estrutura metálica e vista panorâmica para que a população tenha uma visão privilegiada do Lago Municipal.
Em 2024, após dois anos de obras, o processo de desassoreamento e revitalização, executado pela Sanepar, que implica a retirada de lodo e resíduos sólidos, foi finalizado. A ação, além de devolver ao município um lago totalmente revitalizado e com novos padrões de paisagismo que respeitam e promovem cuidados ambientais, engloba também a construção de contenções de proteção das encostas, e a implantação de uma ilha no centro do lago para abrigo e descanso de aves e mamíferos, como as capivaras, símbolos de Cascavel.
A primeira corrida de carros em Cascavel ocorreu em 1966. As corridas eram feitas nas ruas da cidade, como a Paraná, a Carlos Gomes e a Avenida Brasil. Em 7 de setembro de 1970, foi construído o autódromo, com pista de terra, e em 22 de abril de 1973, inaugurada a pista asfaltada, tornando-se o terceiro autódromo pavimentado do Brasil, e o primeiro do interior. Abrigou as principais competições nacionais, como a Stock Car, e é também o berço da Fórmula Truck.
Após 41 anos, a área do autódromo foi doada pela empresa Autódromo de Cascavel S.A. à Prefeitura de Cascavel, que rapidamente modernizou a estrutura, incluindo alargamento da pista, nova pavimentação e melhorias nas instalações. A reinauguração, em 5 de agosto de 2012, contou com uma etapa da Fórmula Truck e atraiu mais de cinquenta mil espectadores. Em 2022, o asfalto foi renovado com material especializado para competições de alto nível, e em 2024 ocorreu uma nova reforma na cobertura da área de box, com o objetivo de oferecer mais conforto para quem prestigia as provas de automobilismo na cidade. Também em 2024, foi construída a pista de motocross, que fica aos fundos do Autódromo Zilmar Beux, e tem com chancela a Federação Paranaense de Motociclismo (FPRM).
O Projeto da Praça do Migrante foi solicitado pelo município de Cascavel via concurso público para escolha do melhor projeto para a construção da praça. O projeto contemplado foi idealizado pelos arquitetos Leonardo Tossiaki Oba, Joel Ramalho Júnior e Guilherme Zamoner Neto. Inaugurada em 14 de novembro de 1977, a praça denominada Florêncio Galafassi está localizada na Avenida Brasil, com a Tancredo Neves, Detalhe para as rampas que representam as migrações das cinco regiões do país: Sul, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Norte, de modo a homenagear os pioneiros e seus estados que contribuíram para a formação de Cascavel.
Em 2017, as rampas de concreto da Praça do Migrante foram ressignificadas com as cores que representam a Pátria: verde, amarelo e azul, e em uma das rampas a bandeira do Brasil foi destacada. A praça, considerada cartão postal do município, contempla araucárias, que simbolizam a maior riqueza de Cascavel, além de bandeiras que representam a população migratória.
Vista da praça em seu traçado original, em junho de 1980. Foto do fotógrafo Xico Tebaldi, mostra a fase final da construção da praça Vereador Luiz Picolli, nas proximidades da Câmara Municipal e Prefeitura de Cascavel.
A praça, ao longo dos anos, ganhou o nome popular de “Praça da Bíblia”. devido ao fato de um monumento em formato de bíblia que foi instalado no local. A Praça Vereador Luiz Picolli e o Monumento da Praça da Bíblia passaram por reforma e remodelação, ocorridas em 2008. Em novo projeto de mobilidade urbana, em 2017, a praça, localizada na Avenida Brasil, foi totalmente reformada para a revitalização da via com estacionamento e ciclovia. A popularidade da praça se deve também aos movimentos cristãos e a Marcha para Jesus, organizados pela Ordem dos Pastores de Cascavel.
O Marco Zero de Cascavel, construído em 1958 em formato de um obelisco, simboliza o lugar o perímetro urbano do Município. Localizado no denominado Patrimônio Velho, na Avenida Brasil, entre as ruas Pio XII e Manoel Ribas. Em 14 de dezembro de 1966, foi inaugurada a Praça Getúlio Vargas, construída na área do Marco Zero.
Em 2018, o Marco Zero da Praça Getúlio Vargas ganhou novas cores e desenhos e chamou a atenção dos cascavelenses. Quem passa pelo espaço percebeu que a Rosa dos Ventos desenhada ao chão ganhou novas cores, além da adição de novos bancos e lixeiras.
O desfile de 7 de setembro de 1956, ocorreu nos primórdios da Avenida Brasil, esta que passou por diferentes configurações. Na época, era conhecida pelos pioneiros como estrada estratégica, que formava a BR-35 e BR-277. Em 1953, quando a BR-277 saiu da área central e se deslocou para o sul, as soluções encontradas foram o alargamento da via e a mudança do nome para Avenida Brasil. O desfile de 1956 foi um dos primeiros registrados na cidade, emancipada em 14 de novembro de 1951.
Seguindo a herança cultural e histórica do município, o desfile de 7 de setembro acontece todo ano na Avenida Brasil, e conta com grande apoio da população, que se reuni no centro da cidade para prestigiar o evento. Em 2024, o desfile cívico-militar com início no final da tarde, por conta das condições climáticas e as altas temperaturas. Tal ajuste foi realizado com o objetivo de assegurar o bem-estar dos participantes.
O prédio do Paço Municipal teve sua construção finalizada em 1969, e sua inauguração ocorreu em 06 de setembro de 1972, sendo o projeto assinado pelo arquiteto cascavelense Nilson Gomes Vieira, sede da Prefeitura Municipal, denominado Paço Municipal 14 de Novembro, de modo a homenagear a data da emancipação política da cidade.
Em 1992, a prefeitura foi transferida para a sede na Avenida Paraná, de modo que a Secretaria de Cultura passou a administrar o prédio para fins culturais. A partir de 1993, o Paço Municipal 14 de Novembro passou a abrigar a Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos. Em 1997, o prédio passou a abrigar o MAC - Museu de Arte de Cascavel, passando a ser chamado “Paço das Artes”.
O Lago Municipal foi construído a partir de estudos ambientais, de modo a constituir um espaço de lazer, na época atendendo à demanda da população. Como parte de atividades que são realizadas, há a tradicional pesca no Lago Municipal de Cascavel, promovida pela prefeitura desde o final da década de 1980. O evento começou com a soltura dos primeiros peixes em 1988.
Em 2024, o Lago Municipal de Cascavel sediou o evento de pesca tradicional, realizado na cidade desde 1989, que atraiu cerca de oito mil participantes. O evento, que combina lazer e solidariedade, exigiu a doação de alimentos para o Provopar de Cascavel. Desde cedo, o lago se transformou em um ponto de encontro para pescadores e suas famílias.
A primeira missa na Catedral de Cascavel ocorreu em 1974, enquanto a construção ainda estava em andamento, e sua inauguração ocorreu em 1976, com o nome Igreja Matriz de Cascavel, tendo como arquiteto Gustavo Gama Monteiro. Em 1978, com a criação da diocese, o templo foi elevado à condição de Catedral, e, em 1979, deu-se a elevação para Arquidiocese, de modo que a denominação passou a ser Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. A Catedral teve sua forma inspirada no manto e na coroa de Nossa Senhora Aparecida, e está inserida na Praça João XXIII.
Em 1994, foram instaladas na Praça João XXIII a “Cruz Mestre”, escultura de concreto com cerca de 7 metros de altura, e a escultura chamada “Monumento a Nossa Senhora Aparecida”, do escultor Dirceu Rosa. Em 2017, foram iniciadas reformas em todo o complexo da Catedral. O salão de festas, denominado salão paroquial, foi totalmente remodelado, a fim de melhorar o conforto e atender normas atuais de segurança. O templo passou por uma intervenção, com a troca dos vitrais, portas, janelas e sistema de iluminação, além da restauração dos painéis e a instalação de sistemas de segurança e climatização. A Praça em frente a matriz é palco para eventos artísticos, culturais e gastronômicos, como a tradicional Festa da Padroeira.
O Estádio Olímpico Regional Arnaldo Busatto foi inauguração em 10 de novembro de 1982, sendo obra do arquiteto cascavelense Nilson Gomes Vieira. A partida inaugural marcou o recorde de público no Estádio, com 45 mil torcedores, que acompanharam o Cascavel Esporte Clube, campeão paranaense de 1980, que enfrentou o São Paulo, campeão do torneio Rio-São Paulo de 1980 e campeão paulista de 1981.
Em 2017, o Estádio Olímpico passou por obras de revitalização, estas que contemplaram a ampliação do estacionamento com vagas para idosos e deficientes, rampa para cadeirantes, gramado de alta qualidade, vestiários modernos, arquibancadas confortáveis e excelente visibilidade. Em 2023, o nome do estádio mudou oficialmente para Estádio Olímpico Regional Jacy Miguel Scanagatta, em homenagem póstuma ao ex-prefeito do município. Símbolo de arquitetura imponente, faz parte das tradições futebolísticas de Cascavel, cenário de grandes clássicos e eventos.
O cascavelense tem paixão pela velocidade, e por conta disso o kart e o autódromo fazem parte da história do município. A inauguração oficial do kart na cidade ocorreu em 10 de maio de 1970, época em que o kart era escola de pilotos. Em dezembro de 1992, inaugurou-se o Kartódromo Delci Damian, que está localizado no Parque Ecológico Paulo Gorski, na região do Lago, na Avenida Rocha Pombo.
O Kartódromo Delci Damian passa por constante manutenção. Em 2023, a reforma contemplou o recape integral da pista, construção de zebras, sinalização, iluminação e melhorias na estrutura e na segurança, de modo a seguir as normas técnicas estabelecidas pela FPRA (Federação Paranaense de Automobilismo) e CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo). É considerado um dos melhores do Brasil e do Paraná, e já sediou o Campeonato Brasileiro em 2012 e 2019, e a Copa Brasil em 2016.
Na década de 1960, a administração municipal de Cascavel construiu um pequeno campo de futebol, com arquibancadas de madeira para atender às demandas do futebol, denominado Estádio Ciro Nardi, em homenagem a um jovem esportista. No entanto, à medida que o futebol local se desenvolvia, percebeu-se a necessidade de um estádio maior. Decidiu-se pela construção do Estádio Olímpico Regional, inaugurado em 1982. O Ciro Nardi ficou sem função, e, para aproveitar o espaço, em 1979, a Prefeitura de Cascavel decidiu demolir o primeiro estádio e construir no mesmo local um amplo Centro Esportivo, mantendo o nome original, que foi entregue à população em 14 de novembro de 1981, tendo como arquiteto Nilson Gomes Vieira.
A estrutura compreende uma área de 75 mil m², nos quais se encontram o Ginásio Sérgio Mauro Festugato, piscina térmica coberta, academia de musculação, duas pistas de skate, duas quadras de tênis de campo, Centro de Treinamento Bolão e Bocha Hilário José Kroth, Ginásio Adaptado Eduardo Luvison, pista de atletismo, pista de caminhada, parque infantil, academia ao ar livre e quadras esportivas. Em 18 de outubro de 2024, inaugurou-se a sede própria do Paradesporto denominado 'Centro Para + Vida Márcio Parcianello'. A estrutura tem por objetivo atender as pessoas com deficiência, e conta com salas de dança, balé, tênis de mesa, xadrez, lutas e multissensorial.
O Centro Cultural Gilberto Mayer, localizado na Rua Duque de Caxias, é o mais antigo espaço multicultural público de Cascavel, tendo como projetistas Nelson Nabih Nastás, Vitor Hugo Bertolucci e Luiz Alberto Círico. A quadra do atual Centro Cultural já foi cadeia pública entre 1958 à 1980. Após a cadeia ser transferida para novas dependências por conta do crescimento da cidade, o espaço passou por adequações para então abrigar o Centro Cultural Gilberto Mayer, inaugurado em 14 de novembro de 1982, e considerado patrimônio histórico e artístico, reconhecido pelos artistas que se destacam no âmbito municipal, nacional e internacional.
O Centro Cultural Gilberto Mayer é sede do Museu Histórico Celso Formighieri Sperança, criado em 1976, que conta com o Cine Teatro Coliseu, com 330 lugares, considerado o berço da cultura. Inaugurado em 2015, o Teatro Municipal Sefrin Filho contribuiu para a transformação da cultura de Cascavel. Com a inauguração da Feira do Teatro, em fevereiro de 2018, fomentou-se a economia, a representação artística, turística e gastronômica da cidade. O Memorial dos Pioneiros, do escultor Dirceu Rosa, foi inaugurado em março de 2020, de modo a valorizar o passado do município ao homenagear os primeiros desbravadores do município. Em 2021/2022 o Centro Cultural Gilberto Mayer foi reformado por meio do Projeto do Museu Histórico, de modo a ser cadastrado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, que trata da reforma e modernização dos Museus ligados a História. O grafite, evidenciado de 2018 a 2023, com traços coloridos, traz o talento dos artistas que expressam a sua arte nas paredes do CCGM e do Teatro Municipal. Outro marco histórico de sucesso entre o Estado e o Município trouxe a Cascavel a primeira sucursal do MON - Museu Oscar Niemayer, em 2022, com a exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”. Em 2022, inaugurou-se o Museu da Velocidade, denominado Jaci Pian, e, mais recentemente, em homenagem meritória à todos os compositores, produtores e apreciadores do Rock, inaugurou-se o Memorial do Rock, em julho de 2024.
Antes de ser denominada Avenida Brasil, a avenida era um antigo trecho da BR-35, atual BR-277, e surgiu por conta das muitas estradas que cortavam a região, sendo ela a ligação de Guarapuava a Foz do Iguaçu. Em 1950, a cidade se desenvolveu ao longo da via. Quando a BR-35 saiu da área central e se deslocou para o sul, as soluções encontradas foram o alargamento da via e a mudança do nome para Avenida Brasil, em 1953. Na década de 1970, a Avenida Brasil era composta por 03 vias, sendo a central para uso da BR-35 e as laterais de uso urbano. A foto indica as primeiras obras no núcleo urbano de Cascavel, com a pavimentação da antiga BR-35, a qual cruzava a cidade. Os trabalhos de calçamento na Avenida Brasil iniciaram-se nas proximidades da Praça do Migrante e foram em direção ao Centro.
No final da década de 1980, ocorreu a reurbanização da Avenida Brasil, em que as famosas curvas e arcos foram construídos. As curvas do calçadão foram pensadas para controle de velocidade dos automóveis, e os arcos em concreto foram construídos para identificar o começo e o fim da avenida.
As transformações urbanas da Avenida Brasil são marcadas por grandes projetos de reformas das vias, do calçadão para os pedestres, da jardinagem e da iluminação. Essas transformações fizeram parte também do imaginário dos cascavelenses, em que se construíram muitas lendas sobre o significado das curvas da avenida. Para muitos moradores da cidade, as curvas representavam uma cobra Cascavel, afirmação essa que foi desconstruída com o tempo.
Em 2016, quase 30 anos após a reurbanização da Avenida Brasil, uma nova mobilidade urbana, denominada Plano de Desenvolvimento Integrado, aconteceu, de modo a devolver à Avenida Brasil o seu traçado reto original. Desta vez, a modernidade fez parte da revitalização, em que se prestigiou, principalmente, o transporte coletivo e as ciclovias.
Na década de 1960, a rodovia federal BR-277 foi asfaltada e teve seu percurso desviado do centro de Cascavel. Da área remanescente, surgiram a Avenida Brasil e a Avenida Foz do Iguaçu. A primeira seguiu em linha reta até uma grande curva, onde então se localizavam o aeroporto municipal e o entroncamento com a estrada que levava a Toledo. A segunda partia do patrimônio velho, nas proximidades da Praça Getúlio Vargas, até se encontrar novamente com a BR-277, mas na saída para Foz do Iguaçu. Até o final da década de 1970, não era asfaltada. Foi então que decidiu-se por manter a largura original e dotá-la de duas pistas, com um grande canteiro central. Em 1985, a Avenida Foz do Iguaçu foi rebatizada como Avenida Tancredo Neves.
Em 2018, a Avenida Tancredo Neves passou por um processo de revitalização, que fez parte do PDI (Programa de Desenvolvimento Integrado), financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A Avenida Tancredo Neves seguiu os mesmos moldes de mobilidade urbana das avenidas Brasil e Barão do Rio Branco. A via conta com faixa exclusiva de ônibus, ciclovia e pista de caminhada.
Devido ao avanço e modernização da cidade, os terminais antigos acabaram se tornando obsoletos. Em 2016, novos e modernos terminais de ônibus foram projetados, deixando a estrutura anterior desativada. Isso abriu uma oportunidade para reutilizar o espaço, transformando-o em uma estação de inovação.
Em 2024, Cascavel celebrou a inauguração da Estação de Inovação Hub One, um centro voltado para o desenvolvimento do empreendedorismo e da tecnologia. Situado no antigo Terminal de Transbordo Oeste, o Hub One é uma iniciativa da Fundetec (Fundação Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e foi projetado com princípios sustentáveis. O espaço oferece áreas para coworking, aceleração de startups e outras facilidades para apoiar a inovação. Além disso, o centro sediará o Progeti, um programa dedicado à capacitação de jovens em tecnologia.
Os terminais de transbordo de Cascavel fizeram parte do projeto de atualização de mobilidade da cidade, de modo a atender às demandas da população no final da década de 1980. Os terminais de transbordo foram idealizados para melhorar o acesso e transporte e atender às necessidades urbanas que surgiram com o crescimento populacional do município.
Com o crescimento populacional, a cidade de Cascavel investiu na mobilidade urbana e na democratização dos novos terminais. Atualmente, Cascavel possui cinco terminais de transbordo urbano, sendo o Leste, o Oeste, o Sul, o Sudeste e Nordeste, de modo a constituir 48 linhas que interligam as regiões do município, possibilitando o transporte de trabalhadores e estudantes.
O Parque Natural Municipal Danilo Galafassi foi criado em 23 de julho de 1976, com uma área de 17,91 hectares, e possui grande relevância por abrigar as nascentes do rio Cascavel e por conservar uma área verde composta por, principalmente, araucária, cedro e erva-mate. Em 12 de dezembro de 1978, com o objetivo de se criar um espaço para o lazer e auxiliar os órgãos ambientais no tratamento, cuidado e reabilitação da fauna silvestre, instalou-se o Zoológico Municipal de Cascavel, que desempenha diversas funções, como a conservação de espécies, especialmente aquelas ameaçadas de extinção e nativas dos biomas brasileiros.
O Zoo conta, em sua estrutura, com um Museu de História Natural, inaugurado em 1986, que possui um acervo com mais de 700 peças, sendo coleções de animais taxidermizados, esqueletos, peles, fósseis, rochas e peças arqueológicas de várias regiões do Brasil. Possui também o Centro de Educação Ambiental “Gralha Azul”, inaugurado em 1992, o qual realiza, por meio do Programa de Educação Ambiental (PEAZ), o atendimento guiado às instituições públicas e privadas, em sua maioria escolas, de modo a proporcionar mudanças de percepções e despertar nos alunos a curiosidade, o cuidado e a paixão pela natureza, com média anual de 15.000 atendimentos. Em 2015, o Museu passou por uma total reformulação, quando ganhou ambientes próprios e climatizados para a exposição e conservação do acervo.
O Trevo Cataratas surgiu na década de 1950, como uma simples entrada para a cidade. Com o passar dos anos, o local evoluiu para um importante entroncamento das principais rodovias federais do Paraná, incluindo as BRs 277, 369 e 467. Na década de 90, devido ao crescente tráfego, a ACIC (Associação Comercial e Industrial de Cascavel) começou a se organizar para reivindicar, junto ao Governo do Paraná, um novo projeto de trevo para Cascavel.
Após anos de esforços e medidas emergenciais, o complexo foi reformado e reinaugurado em agosto de 2020, com a adição de dois viadutos e passarelas. Atualmente, o Trevo Cataratas é um ponto crucial, com um tráfego diário estimado em mais de 45 mil veículos, segundo o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
A construção do viaduto da Carlos Gomes foi o resultado de anos de esforço que mobilizou políticos, sociedade civil e a população. Na década de 1980, a falta de um acesso seguro à área central dificultava o acesso dos moradores da Região Sul. Em resposta a essa demanda, o viaduto foi finalmente construído em 1990, melhorando significativamente a segurança e o tráfego na área.
Em 2023, atendendo a demanda da população, iniciou-se um projeto de revitalização da Avenida Carlos Gomes, que inclui a renovação do asfalto, construção de novas calçadas e a implantação de uma terceira via de rolamento, onde hoje é o canteiro central. Tal processo de transformação urbana, segundo a Prefeitura Municipal, visa melhorar a mobilidade e a qualidade de vida dos moradores de Cascavel. A expectativa é que a obra traga mais fluidez ao trânsito. O viaduto da Carelli terá sentido único, sendo centro-bairro, e o novo viaduto, localizado na rua Emílio Bautitz, terá sentido bairro-centro.
São João d’Oeste foi criado e anexado ao município de Cascavel em 1967, se tornado o primeiro distrito de Cascavel, quando a região vivia um período de intenso movimento. Durante essa época, o distrito, impulsionado pela indústria madeireira, começou a se desenvolver, atraindo moradores e estabelecendo suas primeiras estruturas, o que contribuiu para seu crescimento ao longo dos anos. São João d’Oeste, situado a cerca de 30 km do centro de Cascavel, destaca-se como o maior entre os distritos do município, e é o berço da construção da Igreja do Lago, patrimônio histórico do município.
O distrito de São João d’Oeste é referência para a agricultura de Cascavel, principalmente na produção de grãos, visto que conta com uma expressiva contribuição ao desenvolvimento local, sendo responsável por aproximadamente 15% do Valor Bruto de Produção (VBP) de Cascavel, conforme registros da Secretaria de Agricultura. O distrito conta com o Museu Nossa Senhora Aparecida - Severino Pieczarka, que teve sua inauguração em 2016, e remonta a história de Cascavel e do distrito.
De 1965 a 1969, a instituição escolar era denominada “Escola de Emergência Santo Antônio”. Em 1970, passou a chamar-se “Escola Isolada” e, no mesmo ano, “Casa Escolar Washington Luiz”, sendo o Estado a entidade mantenedora. Em 1975, efetuou-se a permuta sobre o Município e o Estado, estando envolvido nesta transação a Escola Municipal Almirante Barroso e o Grupo Escolar Washington Luiz. A partir de 2002, a escola passou a denominar-se Escola Municipal Professora Gladis Maria Tibola. Em 2015, a escola foi totalmente destruída por um incêndio que devastou a sua estrutura, essa que estava sem uso desde 2014, ano que as aulas foram suspensas por conta da condição precária do prédio.
A nova estrutura da Escola Professora Gladis Maria Tibola foi inaugurada em 30 de outubro de 2020, e conta com um conceito diferente de instituição de ensino que valoriza a sustentabilidade e um espaço agradável a alunos e professores. Trata-se de uma obra ampla, moderna e sustentável, que prevê itens como o reaproveitamento da energia solar e da água da chuva, além de seguir todas as normas de acessibilidade. A unidade construída abrange sete salas de aula para o ensino fundamental e mais quatro salas de pré-escola, banheiros, salas de múltiplo uso, biblioteca, laboratório de informática, depósito de materiais de limpeza, instalações sanitárias acessíveis, auditório para 166 lugares e área administrativa, além de bloco específico para refeitório para 223 crianças.
Cascavel, cidade hospitaleira
Tu és fonte rica de labor
Do quadrante oeste és a primeira
Te amamos com todo o fervor
Tua história é bela e fascinante
Que o passado nos faz sempre reviver
Feitos heroicos de um grande bandeirante
Que criou-te e feliz te fez crescer
Tua beleza imponente tem vida
És a sombra que acolhe o forasteiro
Ganhas bênçãos pelas mãos da Aparecida
Portas abertas a todo brasileiro
No horizonte d 'oeste estrela fulgurante
Tua gente tão nobre de amor varonil
És crescente progresso a todo instante
És o mais lindo pedacinho do Brasil
Autor: Música e letra do Prof. Nelson Tramontini
Arranjo Musical: Maestro Nedir Salomão
Edgar da Silva Junior
Vitoria Almeida Romani
Paulo Ricardo Barichello
Manuela Marcondes de Aragão
Flávio Kottwitz Junior
Graziela Cantelle de Pinho
Josiane Israel Rosalen
Clarice Fabiano Costa Palavissini
Simone Aparecida Ribeiro Spinelli
Lyziane Langner
Luiz Ricardo Borges
Ademar Ribeiro
Portal do Município de Cascavel
Acervo do Museu da Imagem e do Som Xico Tebaldi
Portal Catve
Agência Estadual de Notícias
Jornal do Oeste / G1 / Acervo Cascavel Histórica
Silvia Soluszynski
Manoel Teixeira
Pedro Barreto
João Martins Neto
Tiago Guedes
Nery Cardoso